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domingo, 14 de fevereiro de 2010

Vó Laly


Uma espécie de gente.

A gente só entende quando é.

O que se sente por um filho, só se sente por um filho. O que se sente pela mãe, só se sente pela mãe.

A Elis nasceu 22:40, então foi noturno o nosso primeiro contato. Eu não sabia como cuidar de uma coisinha tão indefesa e dependente, e minha mãe esteve comigo toda a madrugada. Sentada ao lado da cama, ela ninou a Elis com o mesmo canto que nos ninou, a mim e a meus irmãos. Foi tão confortante... Saber que ela estava alí, essa sensação de proteção e confiança.

Passou dias nos ajudando, até que teve que voltar pra sua casa. Agora eu teria que acalmar a Elis em seu momentos de choro e cólica sem ela. Ela me ajudou a decifrar os choros da minha filha, a entender um pouco isso, que é ser mãe. Quando ela foi embora, apesar da tristeza, do medo e da saudade, ficaram em mim sentimentos de confiança, amor e fé. Ela nunca duvidou de mim. Me fez entender que tudo que eu precisava saber já estava dentro de mim, e que ela sabia disso.


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